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Matança Tradicional do Porco
Na família tradicional, nas economias rurais, o porco era o alimento principal nas refeições ou simplesmente para levar para o campo e servir de merenda, acompanhada com pão. Quase de auto-satisfaziam nas suas necessidades de alimentação quotidiana.
Assim, todas as famílias procuravam ter uma cortelha para criar, cevar, os seus próprios animais. Era sinal de abundância. Com os restos de comidas, batatas, abóboras, couves, beterrabas, nabos e farelos faziam as viandas que eram deitadas numa pia feita de pedra. As viandas eram cozidas à lareira em grandes caldeiras, ora de cobre nas famílias mais ricas, ora de folha de flandres ou latão nas mais pobres.
Pelo natal, quando o frio apertava mais e os animais já estavam “cevados”, combinava-se, com toda a família, o dia do mata-porco. Os mais abastados chegavam a matar dois porcos. Assentado o dia e preparados os apetrechos adequados ao ato, convidava-se a família e os amigos mais chegados para ajudar na lida e tomar parte na festa.
Era um dos dias de maior confraternização entre os parentes e amigos mais próximos. Tinha, pois, uma dimensão festiva e forte componente social. A matança realizava-se, normalmente, em dezembro, mês de frio intenso, necessário para ajudar a uma melhor cura e conservação das carnes.
Se o papel do homem, nestas sociedades patriarcais, é predominante, neste caso, o papel da mulher é fundamente.
É partir daqui que se dá origem aos famosos enchidos e alheiras transmontanas. Ainda hoje se realiza de forma esporádica, caindo esta tradição em desuso devido aos problemas sanitários.
Bibliografia:
FERNANDES, Manuel de Jesus Bento; PEREIRA, José Carlos Dias: BEMPOSTA: um tempo de ser – Raízes de uma identidade. Câmara Municipal de Mogadouro e Junta de Freguesia de Bemposta. Mogadouro, junho 2005.
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