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Romaria de Nossa Senhora do Caminho
Origem
A romaria de Nossa Senhora do Caminho vem de longa data e a capela foi construída precisamente no cruzamento dos caminhos que vão para Miranda, Penas Róias, Castro Vicente, Moncorvo e Freixo. Estava longe da vila, mas , se por um lado ela foi construída para que os caminhantes se lembrassem de rezar à virgem Maria, por outro vemos a intenção de fazer com que a intercessão da Virgem Maria impedisse a entrada de estes maus presságios na própria vila, assim como acontecia com o nicho de S. Sebastião e com a capela de Santa Ama, colocados no centro e a ocidente da vila. Por outro lado, Mogadouro foi sempre terra de comerciantes e almocreves e a virgem do Caminho era padroeira de toda essa gente que calcorreava caminhos velhos, poeirentos, arriados e cheios de perigos de toda a ordem, desde as arribas até aos ladrões e salteadores que vagueavam a toda a hora da noite e até do dia.
A Romaria da Nossa Senhora do Caminho é uma das mais concorridas de toda a Província de Trás-os-Montes e celebra-se no último Domingo de Agosto.
Primam estas festas pela solenidade religiosa e pela alegria e variedade no campo profano, tudo fruto de grande devoção que a gente de Mogadouro e seu termo continuar a dedicar à Virgem Mãe de Deus e de todo o homem caminhante e peregrinante neste vale de lágrimas que é o mundo de todo os tempos.
Breve Descrição
Desconhece-se o ano em que se iniciou este culto à Virgem, bem como a construção da primitiva capelinha. As mais antigas notícias datam de 1802, mas é de crer que seja muito anterior. Porém, já nessa altura o trabalho generoso e empenhado dos membros da Irmandade, que estava encarregue de organizar a festa, se fazia sentir no sentido da boa organização das festas e de bem servir o próximo.
Durante estes mais de duzentos anos, não consta que tenha havido algum ano em que as Festas de Nossa Senhora do Caminhos não se realizassem.
Neste momento a organização das mesmas funciona da seguinte forma: O Juiz nomeia o próximo juiz que após a aceitação escolhe a equipa de mordomos que com ele irá trabalhar.
Diz a tradição, desde o tempo da Confraria de Nossa Senhora do Caminho, e dos poucos documentos disponíveis, que cabe a estas comissões, planear, organizar e realizar os festejos, bem como administrar as verbas resultantes. Até mesmo no aspeto religioso cabia ao juiz aconselhar o pregador que gostaria de ver e ouvir durante as festividades.
As festividades, tanto no âmbito religioso quanto profano, com artistas renomeados, aufere uma variedade que ajuda à transmissão da tradição festiva de forma natural.
Bibliografia:
CALEJO, Heitos (coord) et al. ; Nossa Senhora do Caminho (1950 -2000) – 50 anos de esperança e fé. Câmara Municipal de Mogadouro, 2003.
MACHADO, Casimiro H. de Moraes; Mogadouro: um olhar sobre o passado. Câmara Municipal de Mogadouro. Maio de 1998.
União de Freguesias de Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar do Rei
Mogadouro
Anual- último Domingo de Agosto